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O dia 01 de Maio não é -somente- um feriado onde se comemora o Dia Internacional do Trabalhador, é também, um dia de tradições, o Dia das Maias.

Este é uma tradição instaurada um pouco por todo Portugal e muito respeitada nos meios mais rurais do país. Mas, sabe o porque é que se enfeitam as portas e as janelas com giestas amarelas na noite de 30 de abril para o dia 1 de maio?

Esta é uma tradição muito antiga, ligada à primavera e aos rituais da agricultura. Acredita-se que os nossos antepassados também cumpriam esta tradição como uma forma de assinalar o fim do inverno, para pedir proteção e fertilidade para a terra e para afastar os maus espíritos.

Giesta Amarela

Na noite de 30 de abril para o dia 01 de maio, as casas são enfeitadas com giestas amarelas e outras flores e, em alguns lugares, também com bonecas de palha. Há quem chame esta tradição de “as maias”, “os maios” ou “a flor do maio” e é diferente consoante as regiões do país. Usam-se giestas porque são flores muito abundantes nesta altura do ano e como são amarelas representam a luz e a vida.

Qual a origem desta tradição?

Há várias explicações para a origem desta tradição tão antiga. No Alto Minho, associa-se esta tradição à fuga de Jesus para o Egipto. De acordo com a lenda, o rei Herodes descobriu que José, Maria e Jesus recém-nascido estavam a pernoitar numa pequena aldeia, na sua fuga para o Egipto. Assim, ordenou que quando alguém descobrisse em que casa estava o menino Jesus pendurasse um ramo de giestas na porta, para os soldados saberem onde se deviam dirigir.

Contudo, quando os soldados chegaram ao local encontraram todas as portas enfeitadas com ramos de giesta florida e não conseguiram encontrar o menino Jesus. Noutras terras, conta-se que Maria, quando ia a caminho do Egipto, foi colocando giestas no caminho para saber fazer depois o caminho de regresso.

No Minho comemora-se da forma mais clássica, com giestas floridas à porta. As pessoas acreditam também que o cheiro das giestas ajuda a afastar o mau olhado.

a tradição é a ilusão da permanência.”

Woody Allen

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Diretora Arcos em Destaque

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