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Fonte ligada ao Arcos em Destaque confirmou, na passada sexta-feira, 13 de outubro, que perto de 300 colaboradores da empresa Coindú, serão dispensados.

A empresa, com sede principal em Joane (Famalicão), onde nasceu, em 1988, tem sucursais na Roménia (inaugurada em 2005) e em México, aberta em 2015, para acompanhar e fornecer uma fábrica criada neste país pela Audi para o modelo Q5. Mas é na sede de Arcos de Valdevez onde o despedimento de colaboradores será maissignificativo.

O Arcos em Destaque também sabe que haverá despedimentos em mais uma fábrica do concelho arcuense: na Nosco Couture, ainda sem número certo de trabalhadores dispensados.

Desta forma, e de serem concretizados estes despedimentos, perto de 300 famílias do concelho de Arcos de Valdevez – e concelhos limítrofes- serão afetadas direta e indiretamente.

A respeito deste tema o Arcos em Destaque esteve em entrevista exclusiva com Olegário Gonçalves, Presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Viana do Castelo.

Para o social- democrata o encerramento de uma empresa nunca é uma situação favorável “não o é para os funcionários, não é para o concelho onde está instalada e não é para o país. É um passo atrás no crescimento e desenvolvimento de um território e é preciso trabalhar para continuar a encontrar soluções, continuar a atrair empresas nacionais e internacionais. Até porque no distrito de Viana do Castelo há apoios para a instalação de empresas, nos parques empresariais. É preciso, por isso, continuar a trabalhar sempre para oferecer as melhores condições, mas o Estado também tem que ajudar e isso não tem acontecido”.

Arcos em Destaque: então, na sua opinião, a questão dos despedimentos a que estamos a assistir, um pouco por todo o país, poderá ser o reflexo da falta de apoio por parte do governo o que se traduz, num esgotamento e estrangulamento das empresas?

Olegário Gonçalves: “é evidente que numa fase difícil como esta, aquilo que se exige a um Governo é que tenha especial cuidado com as empresas, pois são elas que também garantem a capacidade financeira da população e que ajudam a manter a economia local e nacional ativa. Um governo verdadeiramente atento sabe que impostos muito altos também prejudicam as empresas e não ajudam a promover o seu desenvolvimento, da mesma forma que as linhas de financiamento e apoios devem estar sempre ativas para evitar fases mais complicadas para as empresas. O apoio às empresas é fundamental para que a economia de um país funcione e no nosso caso, o Governo Socialista, não pensa nas empresas nem tem em conta o esforço que fazem todos os dias para alavancar a economia nacional e continuarem a crescer“.

Apesar de afirmar que o apoio às empresas portuguesas por parte do governo é deficitário, também vinca que a questão dos despedimentos coletivos devem ser vistos debaixo de um prisma um tanto mais abrangente, porque dependem de vários fatores:

no caso das empresas que exportam grande parte da sua produção não podemos centrar a nossa atenção unicamente no estado do mercado português e na falta de poder de compra da nossa população. Temos que olhar para a situação de uma forma mais abrangente. No contexto Europeu, para não dizer mundial, o preço dos produtos aumentou consideravelmente e isso também afeta as empresas que veem os custos de produção a crescer e consequentemente fica mais difícil escoar o produto final que tem que também subir de preço. Não nos podemos esquecer ainda que há escassez de matéria prima no mercado mundial e isso também dificulta a produção das empresas”.

Olegário Gonçalves. Presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Viana do Castelo.

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Diretora Arcos em Destaque

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