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No fim-de-semana terei de fazer uma viagem de trabalho. Não será para longe, irei visitar a capital do nosso país.

Sempre fui uma amante confessa de Lisboa. Também nasci e cresci numa grande cidade -Caracas- e adoro a adrenalina que se sente nas grandes urbes. Sempre tão cheias de vida! Noutra altura da minha vida estaria sem conseguir dormir pela ânsia do dia de ir embora nunca mais chegar, ainda quando seja uma viagem de trabalho!

Um medo que nunca antes senti e que me criou uma ansiedade tal que me vi obrigada a pedir ajuda para lidar com aquilo que estava a sentir, e que já não conseguia controlar.

Para entenderem, contextualizo: Desde que fui mãe as minhas prioridades mudaram. Tento sempre que os meus compromissos de trabalho não impliquem viagens longas porque, ainda quando as minhas filhas já não são bebés, gosto de as acompanhar sempre e pelo menos no fim do dia, estar com elas para partilharmos algum tempo de qualidade.

Resumindo, desde que as minhas filhas estão na minha vida nunca me separei delas mais do que oito, máximo, 10 horas, o tempo que -em média- pode durar uma jornada de trabalho.

Com a minha viagem a se aproximar comecei a sentir uma ansiedade que sei, não tem fundamento algum, mas que tomou conta de mim! Cenários catastróficos começaram a aparecer na minha cabeça, atropelados, e já só me perguntava: e se a viagem correr mal? E se me acontecer alguma coisa? O que será das minhas filhas? Como irão conseguir superar a perda? Qual será o futuro delas? O medo foi tal que até, imaginem, ponderei cancelar a viagem!

E é isto que acontece muitas vezes na nossa vida. Ficamos com medo de situações hipotéticas que nos impedem avançar e desta forma, sabotamos a nossa vida e congelamos o nosso futuro. Cabe-nos encontrar as ferramentas para espairecer estes pensamentos castradores.

Nada me diz que a minha viagem não poderá, eventualmente, até correr mal, isso é algo que não sabemos e, muitos menos, temos a capacidade de controlar, mas o que não podemos permitir é deixar de fazer algo pelo medo a perder.

estar vivo e viver são duas coisas completamente diferentes”

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Diretora Arcos em Destaque

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