Em comunicado, enviado às redações, a concelhia do PS de Arcos de Valdevez, criticou a decisão do governo de “abrir apenas uma vaga para médicos de família no Alto Minho”.
Referindo que (citando comunicado) “”A 26 de Dezembro, foi publicado em Diário da República o mapa de vagas a concurso para a colocação de médicos de família a nível nacional. Num processo que voltou a ser nacional depois dos atrasos provocados pela decisão do governo de repartir concursos por cada uma das 39 ULS do país.
E, chegados ao final do ano 2024, após terem sido identificadas necessidades de pelo menos 6 ou 7 médicos no distrito, o governo abre apenas uma vaga. Em Valença. Curiosamente, trata-se da terra do chefe de gabinete da Ministra da Saúde, ex-presidente de câmara pelo PSD, Jorge Mendes. Estranha coincidência. Portanto, para os restantes milhares de utentes do distrito sem médico espera-os um calvário de meses, pelo menos mais 6 meses, até ao próximo concurso abrir, em meados de 2025 para eventualmente, se forem abertas as vagas necessárias, cobrir as falhas de médico no distrito. Tratar-se de um total atropelo ao direito a médico de família no Alto Minho, que sempre, SEMPRE, foi garantido a virtualmente 100% da população nas últimas décadas. Porque felizmente, este território tem sempre candidatos para as vagas que abre. Nunca ficam vagas vazias em concurso.
No caso de Arcos de Valdevez, neste momento, há 2 listas, cerca de 3000 utentes sem médico de família e que aguardavam colocação de novo médico há vários meses. E assim ficarão, por inépcia do Governo.
Não existe nenhuma boa razão para o governo abrir apenas 25% das vagas identificadas como necessárias pelas ULS. Só um ataque deliberado ao SNS, que no caso do Alto Minho, atinge populações especialmente vulneráveis e em época de pico epidémico de doenças respiratórias, exactamente quando estes novos profissionais seriam mais necessários.
As câmaras municipais e todas as forças políticas deviam clamar por um acesso digno a cuidados de saúde à sua população, o que passa, em primeira instância, pela garantia de médico família a todos os alto-minhotos. Porque falhar na defesa de um pilar básico do Estado é falhar sobre todos os nossos concidadãos”
João Braga Simões
Presidente da CPC do PS de Arcos de Valdevez
Vereador na CM de Arcos de Valdevez