Foi com enorme satisfação o Municipio arcuense recebeu do Património Cultural, Instituto Público, a confirmação do reconhecimento da Romaria de S. Bento do Cando no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, sinónimo do valor desta romaria na História e na identidade da nossa comunidade e agora também na de Portugal, seguindo igualmente um outro reconhecimento, recente, que inscreveu também a Romaria de Nossa Senhora da Peneda.
A romaria remonta ao período inicial da Idade Média, mas é no século XVII que cresce significativamente, inclusive com a realização em três momentos anuais.

Os romeiros de S. Bento do Cando são essencialmente, para além do concelho de Arcos de Valdevez, pessoas vindas dos concelhos vizinhos de Melgaço e Monção que se deslocam à branda de S. Bento do Cando para cumprir a novena, a meia novena, pagar as suas promessas ou pedir proteção e saúde para si e para os seus familiares. Repetem este ritual ano após ano para se encontrarem e falarem de perto com S. Bentinho ou Sr. S. Bento, como carinhosa e respeitosamente o tratam.
Outra característica da romaria, comum a outras festas religiosas de montanha em locais isolados, é o da existência nas imediações do Terreiro da Capela de habitações destinadas à permanência dos romeiros durante as cerimónias religiosas. Na maior parte das vezes, os romeiros vinham das brandas e inverneiras da Gavieira, das freguesias vizinhas de Melgaço, Monção e Arcos de Valdevez. Aí rezam, negoceiam e enamoram-se, superando a permanente isolamento das economias locais e das populações.

Esta é mais uma iniciativa do Município para a valorização do excelente património cultural de Arcos de Valdevez.
