Oliveiros Grupo é uma empresa líder, na área da arquitetura, engenharia, construção civil e imobiliária. Desde 2008 ano em que foi fundada, tem vindo a estabelecer-se como uma marca de referência não só a nível local mas também a nível nacional.
Oliveiros Pedreira é o CEO e Founder do grupo. A pessoa responsável de liderar todas as equipas que o constituem. Para o Arcos em Destaque era importante saber como iniciou e cresceu o Grupo Oliveiros.
“Confesso que desde muito novo, no seio da família, vivi por dentro o que é o setor da construção civil. Desde os 15 anos comecei a desenvolver um interesse especial pela área da construção civil, o que me levou a formar na área da engenharia civil“.
Desde muito novo procurou o ramo da construção para trabalhar e adquirir experiências: Desde a adolescência que eu e o meu irmão que também faz parte deste grupo, ajudávamos o meu pai na empresa de construção civil ao fim-de-semana e nas férias. Mais tarde, após concluir a licenciatura, entrei para o mercado de trabalho e procurei adquirir conhecimentos, novas experiências, não só a experiência adquirida na empresa do meu pai, de família, mas também conhecimento em empresas que já estavam há muitos anos no setor da construção civil, principalmente nas obras públicas. Rapidamente consegui absorver essa informação e foi isso que me permitiu iniciar a minha carreira e a minha empresa em 2008”.
A empresa Oliveiros Grupo iniciou a sua atividade no ano 2008 na área dos projetos. Só depois apareceu a área de construção civil, e mais tarde, o setor imobiliário. “As oportunidades foram acontecendo com muita proatividade nossa. Digo nossa, porque as empresas fazem-se de pessoas, da intenção de crescermos todos, de alcançarmos os objetivos que todos os dias nos propomos e que nos esforçamos para atingir”, vinca.
A realidade é que em pouco tempo foi possível consolidar as três áreas de negócio do Grupo Oliveiros no concelho de Arcos de Valdevez “chegamos a uma fase que para continuarmos a crescer necessitávamos de expandir, desta forma, à medida que as oportunidades surgiam nós estávamos atentos e aproveitávamos as mesmas. Fomos sempre correspondendo e atingindo os objetivos que nos eram propostos. Permitindo-nos como empresa atuar a nível nacional nas três áreas de negócio”, explica.
Apesar do grupo estar consolidado Oliveiros Pedreira confessa que nem tudo é fácil “como é evidente sofremos também, com a falta de recursos humanos. O que nos impede de crescer ao ritmo pretendido. Mas também com a conjuntura atual -e a futura- que estamos a prever, é necessário ter um pouco de calma, ponderação, para traçar os objetivos com muita clareza”, reforça.
“Estamos a viver tempos difíceis, o preço das matérias-primas está muito elevado. Sentimos a dificuldade em comprar a preço de mercado e obter o produto, também um pouco pela escassez das matérias-primas. Fruto do aumento do preço da energia e do que estamos a viver a nível mundial. Como tal requer ponderação, analisar bem os objetivos, sabendo direcionar a empresa para atravessar a fase que se avizinha”.
E porque acha que está a existir esta falta de mão de obra na construção civil, principalmente?
“De facto temos falta de recursos humanos no setor da construção civil. Primeiro, a passagem do conhecimento, o know how, de uma ou duas gerações anteriores à nossa não foi acautelado, e o conhecimento e o saber fazer perderam-se. Hoje estamos a vivenciar os primeiros sinais desse interregno, dessa passagem de conhecimento. Segundo, a construção civil não é muito atrativa, “ser trolha não é visto como uma profissão sexy”, o que afasta ainda mais a mão de obra.
O que é que nós temos de fazer?
Quais acha que são os desafios que enfrenta, como CEO, da empresa, e também, um homem jovem?
“Já não me considero muito jovem porque os anos vão passando. Vamos acumulando histórias, experiências e começamos a olhar para atrás e a perceber que já são muitas histórias, muitas experiências, muitas dificuldades, como qualquer empresa, mas eu acho que resiliência é a palavra-chave. Foco, objetivos bem definidos, bem traçados e a procura incessante de os atingir. Eu acho que são esses os ingredientes que fazem parte da receita para conseguir atingir os objetivos e ultrapassar as dificuldades”, garante.
E esta é a estratégia que utiliza para afirmar a sua empresa e para ter conseguido torná-la um nome de referência no concelho e também, a nível nacional?
“Sem dúvida. Eu acho que é uma receita universal. Quem está no mercado de trabalho acho que sente que a única forma de estar e de atingir os objetivos é com resiliência. Com muita força de vontade. Não tenho a menor dúvida que quem está ao leme do barco não vai conseguir atravessar o atlântico, sozinho, necessita de toda a equipa. Todos a remarem no mesmo sentido para conseguirem atingir objetivos. Sem resiliência não vamos a lado nenhum”, garante.
E quais são as dificuldades atuais no vosso ramo?
“As dificuldades que nós conseguimos identificar a médio prazo, como eu disse há pouco, são a falta de recursos humanos e a estabilização dos preços. E isso depende da conjuntura a nível mundial, a regularização do mercado em todas as áreas. Porque isto é transversal a todas as áreas de negócio. Este é o princípio para poder ter um mar calmo, para pensar em fazer longas viagens”.
Oliveiros Pedreira sabe que o mercado está -atualmente- em turbulência “e não é com turbulência que nós vamos tirar o nosso barco da doca para fazer uma longa viagem. Neste momento, o que é que nós temos no mercado? Muito turbulência. Por isso o que acho é que a nível mundial precisamos de ter aquilo a que eu chamo: de mar calmo. Condições para dar confiança às pessoas para o investimento; estabilidade. Porque se os mercados não estão estáveis os investidores não investem e isto vai levar ao setor público ter de fazer investimentos para colocar a economia a mexer. Todos sabemos que o setor da construção civil, é um dos principais motores da economia em Portugal, portanto, se a construção civil parar, Portugal para. Necessitamos de estabilidade para conseguir planear e atingir os objetivos. Projetos novos, investimentos a médio-longo prazo, estabilidade nos preços, parar a inflação, são os requisitos mínimos para o crescimento”.
Apesar do mar estar turbulento, como disse, quais são as expetativas?
“As expetativas são como tudo na vida. Se há muita turbulência a tendência a seguir, é passar. O crescimento, o boom que houve no turismo, no setor da construção, tinha que terminar, era impossível continuar a este ritmo. Muita procura, pouca oferta, evidente que agora vem o inverso. Sempre que subimos uma montanha temos depois de a descer porque atrás duma montanha temos um vale. Não há que ficar admirado com o que aí vem. Temos é de estar preparados e preparar as nossas estruturas para atravessar esta fase que está iminente. Já deu sinais que no primeiro trimestre e segundo trimestre do ano que vem, principalmente no segundo trimestre, vamos sentir efetivamente as dores de não se ter acautelado em janeiro 2021, na minha opinião, a subida da taxa de juro para criar um abrandamento na economia, e não levar a uma rutura que se verificou no último semestre deste ano. Contudo, o nosso grupo, felizmente, tomou medidas para precaver essa situação. Estamos conscientes do que vai acontecer no mercado e fomos muito pro ativos a tomar medidas. É evidente que quando penso, não penso só no Grupo porque nós fazemos parte de um universo de empresas todos os dias, até como consumidores. Não querendo ser muito pessimista, todos queremos ter poder de compra e com esta inflação o poder de compra diminuiu”.
“Penso que o pico da inflação já aconteceu, o que me deixa feliz olhando para atrás, é que o grupo conseguiu manter os preços, manter o compromisso, é um orgulho perceber que conseguimos atingir os nossos objetivos apesar da conjuntura. Estamos felizes por isso e é uma realização profissional. Uma realização do grupo ter conseguido cumprir. Isto demonstra o músculo do grupo”.
Acha que o sucesso é consequência da sorte? Ou o reflexo de muito trabalho?
“É o reflexo de muito trabalho. Sorte? O que é a sorte sem trabalho? Sem acordar todos os dias de manhã com vontade de fazer acontecer. E isto é o motor para acordar todos os dias e liderar uma equipa, com as dificuldades que todos sentimos. Com trabalho em equipa, conseguir atingir os objetivos e a realização e a satisfação pessoal de todos. Porque para mim é uma satisfação interior ver a realização de todos, porque todos têm família, todos têm objetivos de vida e eu tenho uma responsabilidade acrescida como administrador deste grupo. E é isso que me faz levantar todos os dias e lutar todos os dias. E da mesma forma, estar ao lado da equipa, dos colaboradores, para os ajudar a ultrapassar essas dificuldades”.
Qual a mensagem que deixa a todas as pessoas que diariamente, trabalham consigo para atingir este sucesso?
“Aos colaborados tenho muitas coisas para dizer, mas vou dizê-lo em poucas palavras: a união faz a força, juntos somos mais fortes e vamos mais longe. Muito obrigado”.