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Esta sexta-feira, 06 de janeiro, a Escola Básica de Arcos de Valdevez – Professor António de Melo Machado, amanheceu de portões fechados. Desde o passado dia 08 de dezembro foi convocada uma greve por tempo indefinido por parte do pessoal docente e não docente das escolas do agrupamento. O balanço por parte dos pais é negativo.

numa semana de aulas, a primeira semana depois das férias de natal, muitos dos nossos filhos só tiveram dois dias de aulas. Não tenho nada contra o direito que as pessoas têm de se manifestarem, mas isto acho que já é demais. Depois andamos o resto do ano a ‘apertar’ com as crianças para acabarem os conteúdos dentro do tempo de aulas. Não concordo com esta forma de fazer greve. Os únicos prejudicados são os pais e as crianças”.

Depoimento de um encarregado de educação às portas da escola, esta manhã de sexta-feira.
Pais e crianças aguardam, fora do portão, saber haveria aulas

Numa manhã muito fria (3º) pais e crianças tiveram de esperar fora do portão, até às 8h30, para saber se os serviços mínimos da escola estariam assegurados uma vez que a greve convocada para o dia de hoje é do pessoal não docente.

O mal-estar era palpável. Os comentários ouviam-se um pouco por todos os grupos aglomerados enquanto esperavam “acho que poderíamos, pelo menos ser avisados. Levanto as minhas crianças muito cedo para virem para escola, está muito frio, e agora estamos aqui, de pé, ao frio e à espera. Não tenho nada contra as pessoas se manifestarem, mas pelo menos podiam avisar e assim, evitavam este caos que criam nas famílias. Há muitas crianças que vêm de autocarro e que, provavelmente, não têm com quem ficar se forem devolvidas para casa. Isto não se faz.”

Muitos pais queixam-se do trastorno que tudo isto provoca na dinâmica do dia-a-dia “tenho a facilidade de poder levar o meu filho comigo para o trabalho. O meu patrão é compreensivo, mas já começa a ser demais e, qualquer dia, pode não estar mais disponível para aceitar e ali, não sei como irei fazer, porque os ATL’s não são opção para todas as famílias, porque têm custos acrescidos num orçamento que é cada vez mais reduzido”.

Os pais e encarregados frisam que não estão contra o direito que os funcionários têm a se manifestarem caso não estejam contentes com as condições de trabalho que possuem, no entanto, reclamam que as greves “não deviam penalizar as crianças que não têm culpa nenhuma nesta realidade. E eles acabam sendo os único prejudicados porque enquanto os funcionários ficam em casa, a usufruir de um dia de greve, eles (crianças) levantarem-se cedo e estão aqui ao frio, à espera de uma resposta que já podia ter sido dada”.

Na página de Facebook da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Valdevez foi publicado, no dia de ontem, um comunicando alertando a comunidade dos possíveis constrangimentos uma vez que a greve convocada é por tempo indefinido

 

Muitos pais desconheciam que o comunicado estava publicado naquela rede social  “nem todos os pais têm acesso ao Facebook. Outros não têm conhecimento para tal. Os comunicados devem ser por vias mais eficazes. Bastava um sms, ou então, um papel a informar. Não basta afixar nas paredes da escola, onde o comunicados muitas vezes nem fica visível, ou publicar no Facebook”, afirma outro encarregado de educação. 

Agora, pais e encarregados de educação temem quantos dias mais terão de passar por esta situação uma vez que a greve convocada não tem data de finalização.  

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Diretora Arcos em Destaque

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