Os 50 anos do dia 25 de abril de 1974, em que militares portugueses levaram a cabo um golpe de Estado militar, pondo fim ao regime ditatorial do Estado Novo e dando início à era da democracia, foram comemorados por todos nós com grande emoção!
Desde então, este dia é denominado como o “Dia da Liberdade”. E o que é a liberdade? É uma pergunta profunda e complexa. Segundo o dicionário de português é “direito que qualquer cidadão tem de agir sem coerção ou impedimento, segundo a sua vontade, desde que dentro dos limites da lei”.
A liberdade é um conceito multifacetado, que pode ter diferentes interpretações e significados para cada pessoa.
Em primeiro lugar, é importante considerar que a liberdade não é absoluta. Vivemos em sociedade, e as nossas ações muitas vezes são influenciadas por normas, leis e expectativas sociais. Isso pode limitar a nossa liberdade em certa medida, já que as nossas escolhas são moldadas pelo contexto em que vivemos.
Além disso, a liberdade interna, a sensação de autonomia e autenticidade, também pode ser afetada por fatores como crenças limitantes, traumas passados ou pressões externas. Às vezes, podemo-nos sentir presos pelas nossas próprias emoções, pensamentos ou circunstâncias, o que nos pode impedir de agir de acordo com os nossos verdadeiros desejos e valores.
No entanto, mesmo diante destas limitações, há espaço para encontrar liberdade dentro de nós mesmos. Podemos cultivar a liberdade emocional, aprendendo a aceitar e a lidar com as nossas emoções de forma saudável. Podemos procurar a liberdade mental, desafiando pensamentos negativos e construindo uma mentalidade mais positiva. Também podemos alimentar a liberdade espiritual, conectando-nos com algo maior do que nós mesmos e encontrando significado e propósito nas nossas vidas.
Então, talvez a verdadeira liberdade não esteja tanto nas circunstâncias externas, mas sim na maneira como escolhemos responder a essas mesmas circunstâncias, isto é, encontrar liberdade dentro de nós mesmos, mesmo quando enfrentamos desafios externos; capacitar-nos para ser quem somos, apesar das expectativas e limitações do mundo ao nosso redor. Esta jornada pode ser difícil e exigir auto conhecimento, coragem e persistência, mas é uma jornada que vale a pena realizar.
Num mundo onde as expectativas muitas vezes ditam os nossos passos e as normas sociais moldam as nossas escolhas, a procura pela liberdade de ser quem somos é uma jornada crucial para a autenticidade e a realização pessoal. A liberdade de ser eu é mais do que uma simples expressão; é um direito fundamental que permeia todas as esferas da vida humana.
É necessário ultrapassar os desafios da Autenticidade, na sociedade contemporânea, somos constantemente bombardeados por ideais de beleza, sucesso e felicidade que muitas vezes não refletem os nossos verdadeiros desejos. O medo do julgamento social e a pressão para nos ajustar, podem-nos afastar de quem realmente somos, criando uma lacuna entre a nossa persona pública e a nossa verdadeira essência.
A liberdade de ser eu mesmo é essencial para uma vida plena e significativa. Quando nos permitimos ser autênticos, abrimos espaço para a verdadeira conexão com os outros e connosco mesmos. A autenticidade fortalece relacionamentos, promove a auto aceitação e nutre um sentimento profundo de pertença.
A jornada rumo à liberdade de ser eu mesmo pode ser desafiadora, mas é profundamente recompensadora. Aqui estão algumas estratégias para cultivar essa liberdade:
- Autoconhecimento: Tire um tempo para refletir sobre os seus valores, paixões. Conhecer-se é o primeiro passo para a autenticidade.
- Aceitação: Pratique a aceitação incondicional de si mesmo, com todas as suas imperfeições e peculiaridades. A verdadeira liberdade vem quando nos permitimos ser quem somos, sem reservas ou julgamentos.
- Expressão Criativa: Encontre formas de expressar a sua verdadeira essência por meio da arte, música, escrita ou qualquer outro meio de expressão criativa.
- Conexão Autêntica: Cultive relacionamentos baseados na sinceridade e na aceitação mútua. Compartilhe a sua verdade com aqueles que o valorizam e que o apoiam na sua jornada de auto descoberta.
A liberdade de ser eu mesmo, é um direito fundamental que todos devemos procurar ativamente. Ao abraçarmos a nossa autenticidade, abrimos portas para uma vida mais significativa, gratificante e verdadeiramente livre.
Então, que possamos nos comprometer com essa jornada de auto descoberta e celebração da singularidade de cada um.
Afinal, a verdadeira beleza reside na coragem de sermos nós mesmos!